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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A história do salário

                             Receber em troca do serviço não era uma regra...


Antes de a humanidade inventar a moeda, a remuneração do trabalho humano era feita com mercadorias, como carneiro, porco, sal e peles. A palavra salário, surgiu a partir da porção de sal que era dada como pagamento aos soldados na Roma antiga. Ao descobrir que o sal, além de ajudar na cicatrização, servia para conservar e dar sabor à comida, os romanos passaram a considerá-lo um alimento divino, uma dádiva de Salus, a deusa da saúde.


A ideia de que o trabalho deveria ser remunerado era inexistente. Na Idade Média, os servos, em busca de proteção, cultivavam a terra dos nobres, recebendo em troca apenas a possibilidade de tirar dela seu sustento. Mais tarde, com a criação das corporações de ofício, trabalhadores livres vendiam no mercado os produtos que produziam.


 O salário como remuneração que o trabalhador recebia pelo tempo e esforço gastos na produção de bens e serviços surgiu só na segunda metade do século 14, época marcada pelo declínio do poder feudal e pelo desenvolvimento de fortes nações-estado.


Com o capitalismo, tornou-se a forma predominante de pagamento da mão-de-obra. O trabalhador passou a ter poder de compra e mudou o modo como era visto pelas outras camadas sociais, que não poderiam mais subestimá-lo ou ignorar seu valor.


Ao contrário dos escravos, os servos não eram propriedade de ninguém. O senhor latifundiário só podia vendê-los junto com as terras onde eles já trabalhavam.

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